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sexta-feira, 2 de novembro de 2012


Hoje, 30/10/12, assistindo à transmissão dos trabalhos do Senado brasileiro, tive a oportunidade, mais uma vez, de ver e de ouvir o Senador Mario Campos. Como sempre, ele abordava a indiferença criminosa do governo Dilma Roussef aos aposentados que percebem mais de um mínimo como aposentadoria. Antes, devo esclarecer que se esses cidadãos recebem mais de um salário-mínimo por mês é porque fizeram por isso: pagaram à maior, e não apenas sobre um salário-mínimo. Quero dizer que os descontos nos salários e as contribuições à Previdência eram e são obrigatórios. Ora, justo seria o reajuste obedecer ao mesmo percentual de quem recebe apenas um salário-mínimo. A nossa Carta Magna prevê a isonomia; não manda se faça diferença nos reajustes. Mas o escopo deste comentário não é para reclamar direitos justos, o que já seria mais que válido. É para apontar a grande canalhice que se fez ao ilustre Senador, que nos defende a unhas e dentes, no momento em que ele se encontrava na tribuna discursando. Cortaram por diversas vezes o seu lúcido e objetivo pronunciamento, calando o som da Casa; estava na presidência da mesa a Senadora Grazziotin. Essa acaba de perder as eleições para Prefeitura de Manaus para o ex-Senador Arthur Virgílio, do PSDB, e, distraída, como que reprovando a fala do Senador Mario Campos, brincava com o seu celular à Presidência da sessão. Não dava a mínima para a situação embaraçosa e constrangedora pela qual passava o referido Senador da República sem som aos microfones e que merece todo o respeito seja qual for o assunto que ele aborde e a sua maneira de se pronunciar: enfático! Como ele criticava, e muito bem criticado, o governo Dilma, e apelava ao STF para que julgasse os muitos colegas seus do Senado por improbidades e muita corrupção, silenciaram-no vergonhosamente. O Senado é ou não é um dos berços de nossa democracia? Ali se reúnem os representantes dos Estados brasileiros apenas para conversas moles sem importância e para passar as mãos por cima aos erros do governo central? Só se deve falar bem e só o bem, quando a podridão caminha por corredores e saguões daquela Casa? Se ele generalizou a todos os componentes do Senado, também, por tabela, se incluiu a essa crítica mordaz e correta. Só se vêem atingidos os que têm os seus rabos presos aos processos vergonhosos, como o mensalão e outros escândalos. Será esse um dos sinais de um processo para um governo de exceção e de um só partido?

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