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terça-feira, 20 de março de 2012

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A muito querida mana e amiga Te.


Há coisas que podem ser mostradas da forma como Mauricio de Souza o fez. Analogia cabe muito bem aqui. Mudam as épocas, mas a tendência natural é a repetição de fatos passados.
Assim, o mundo, que pareceu em um determinado período caminhar sempre à frente, como num passe de mágica, faz um retorno ao passado. São ciclos da própria evolução. Se não houve um esgotamento da caminhada, o correto seria jamais se repetirem as mesmíssimas coisas já entronizadas pela Humanidade. Contudo, não é assim que se vê; não muda de "quadro", como quando você rola as imagens em seu PC, como agora.

Sempre haverá umas novas descobertas e com elas novas práticas que já se acreditavam esgotadas retornarem com a mesma força, habituando os seres humanos a pisarem as mesmas pegadas de seus antepassados.

Mauricio de Souza usou de filosofia muito "refinada" em forma de HQ (História em quadrinhos) porque as pessoas detestam a leitura de bons livros e partem para as facilidades e rapidez das imagens projetadas. Sentar-se à roda de uma mesa, em uma sala de visitas, para debaterem as “modernidades” pensando a vida; analisando as implicações de tal ou qual avanço, não lhes faz nenhuma diferença.

O imediatismo e a satisfação que isso traz ao ser humano são bem mais palatáveis. Infelizmente, é a Lei do menor esforço envolvendo mentes e vontades, arrojos e os pulos à frente, pois sempre que houve o intrigante, o desafio e a vontade de desvendá-los, a Humanidade passou a um novo estágio e a enxergar horizontes mais límpidos no tempo presente mesmo; evoluiu e se descobriu em um mundo novo. Não existe distância entre o passado e o futuro porque nem passado ou futuro existem, e, pois, não existe Tempo, como pensamos e vivemos; o Tempo é o presente; na verdade, existem o aqui e o agora. Olhando-se esse simples posicionamento de atitudes, no presente, teremos uma visão de uma nova caminhada, que se inicia logo que pomos a mente a funcionar e que nos levará a não repetirmos tudo, mais uma vez. Por nossa índole saudosista, vivemos em ambas as pontas: para trás, buscamos corrigir ou tirar os ensinamentos nem sempre excelentes para o hoje; visualizando o amanhã, nada aprenderemos e nem mesmo sabemos se existirá “amanhã” a cada um de nós. O amanhã é quimera, e a Deus Pertence. Os amanhãs são eternos e a eternidade acontece em outra dimensão. A fragilidade do ser humano não lhe dá o direito nem de cogitar o segundo seguinte a uma ação. Pois é: Mauricio de Souza é um filósofo em um emaranhado de linhas que constrói o HQ - ponte às meditações mais práticas. Não será isso o que se pede à Vida? Ou não? As novas descobertas vieram à luz após anos de estudos e de meditações; de experiências e de ações, e ambas solicitam-nos caminhar em vez de nos sentar à espera dos acontecimentos. Nós é que fazemos acontecer.

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