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quinta-feira, 22 de março de 2012

MENSAGEM AO SR. TIAGO B. MAFRA

Ao senhor Tiago Barbosa Mafra, via blog "Dissolvendo no Ar":

Ainda aguardo com a mais viva expectativa ver crescer o meu poder de compra; a cada ano, os meus proventos de aposentado - como os de outros milhares e milhares de idosos -, só fazem "encolher", graças ao sistemático cálculo a menor aos que recebem acima do salário mínimo pela época dos "reajustes", que só incidem sobre os que ganham um mínimo. Ora, meu amigo: se eu até 1997 recebia cerca de 7,5 salários por direito não só ao "contrato" junto à Previdência Social, que é bilateral, hoje amargo ver a minha entrada, muito brevemente, ao grande círculo de proventos do tamanho de um mínimo apenas. Isso pode ser considerado "distribuição de renda" justa? Onde ficarão os direitos - consoantes nossa Carta Magna de 1988, e das muitas antes - de que não se podem, sejam por quais motivos alegados, diminuir, paulatinamente, quaisquer salários, proventos ou benefícios?! No entanto, se esse for o espírito do Socialismo que se queira instalar, através desse atual governo Dilma, em breve teremos aumentada a classe de miseráveis idosos e doentes sem possibilidades de entrarem nesse concorrido mercado de trabalho, tão mais exigente do que a necessidade real de um país ainda em desenvolvimento. Veja os índices de desenvolvimento humanos que são atribuídos ao Brasil.

Não, meu amigo. Chega-se à triste conclusão de que aqui, neste país que se pretende rico, os idosos são tratados como se fossem rebotalhos, ou dejetos sem uso prático, de uma sociedade que se pretende mudar à força de palavras apenas. Saiba sobre a PEC que se deseja votar no Congresso a favor dos funcionários públicos com deficiências físicas, e que o Senador Álvaro Dias pretende estender a todos os aposentados, da iniciativa privada, nas mesmas condições dos primeiros. Quer dizer: pretende-se, com a tal PEC, estabelecer na Previdência privada duas classes de aposentados: uma “elite” bem remunerada, e com todas as prerrogativas de paridade aos da ativa em detrimento à outra classe de iguais direitos e necessidades. Será esse o Socialismo que se deseja para os brasileiros? De repente, estaremos nós, idosos aposentados com mais de um salário mínimo, impossibilitados de comprar, sequer, o mais simples medicamento. Pode-se confiar no nosso Sistema de Saúde?

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