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quinta-feira, 22 de julho de 2010

DESALENTO

Chegado ao tempo maduro, por tantos caminhos percorridos,
reconheço ter-me ferido demais. Eu que a tantos olhos enxuguei
de lágrimas tardias, porém solenes, não tenho hoje
quem enxugue as minhas.
Ouço o relógio do Tempo compassado a soar implacável
na eternidade dos dias e a despertar no homem que sou
as lembranças dos amanhãs e os caminhos a vencer.
Tenho as mãos tão feridas... Já não poderia te acariciar,
e não posso perder mais tempo. Feri-me demais, e tanto
e por tão pouco silencio;
Fecho os olhos.
Durmo.

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